O prefeito de Campinápolis (a 545 km de Cuiabá), José Bueno Vilela (DEM), assinou na tarde de quarta-feira (8), o termo para aderir ao programa Alfabetiza MT. O município é o 131º a aderir ao programa.
A parceria Estado e município será ampliada, com um plano de ação para a educação indígena.
Alfabetiza MT
O programa foi lançado no dia 11/08, pelo Governo de Mato Grosso, como sendo o maior programa de alfabetização da história do estado. Os investimentos são de mais de R$ 30 milhões por ano, para os programas ‘Mais MT Muxirum’ e ‘Alfabetiza MT’.
O objetivo é erradicar o analfabetismo em cinco anos (Mais MT Muxirum) e garantir a alfabetização de todas as crianças na idade certa, que é até o 2º ano do Ensino Fundamental (Alfabetiza MT).
“O analfabetismo traz muito sofrimento. Eu sei o que é isso, pois minha mãe morreu sem saber ler e escrever. E esse programa vem para trazer dignidade e qualificação para milhares de pessoas. Precisamos deixar esse capítulo do analfabetismo para trás em Mato Grosso”, afirmou o governador Mauro Mendes.
Secretário de Estado de Educação, Alan Porto destaca que Mato Grosso começa a mudar a história da educação com uma política que vai gerar resultados a médio e longo prazo. Política essa que reforça o regime de colaboração com as gestões municipais, respeitando a autonomia.
Segundo Alan Porto, outro objetivo do Alfabetiza MT, é garantir a alfabetização das crianças até o 2º ano do Ensino Fundamental, além de reduzir as taxas de alfabetização incompleta e letramento insuficientes em séries avançadas.
Os investimentos no Alfabetiza MT serão de R$ 16.500.850,00 ao ano. O programa tem apoio da Fundação Lemann, Associação Bem Comum e Instituto Natura.
O Governo fica responsável pelo apoio técnico e pedagógico, formação de profissionais, avaliações externas, premiação de escolas e acompanhamento das ações nas prefeituras
Os municípios terão que fazer a adesão ao programa, ampliando o regime de colaboração.
Inspiração cearense
O Alfabetiza MT é inspirado no Programa de Alfabetização na Idade Certa (PAIC) do Ceará. Implantada há 14 anos, a iniciativa foi a responsável em elevar os índices de alfabetização entre os estudantes.
Em 2007, o Ceará era o 16º do país no Ideb (Ensino Fundamental). Em 2019, já ocupava o 3º lugar, atrás de São Paulo e Paraná.
Além do Ceará, já implantaram o programa Amapá, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Goiás e Mato Grosso do Sul.