*SE ESTIVESSE VIVO RADIALISTA APARICIO REIS, ASSASSINADO COVARDEMENTE EM BARRA DO GARÇAS MT, FARIA HOJE 52 ANOS DE IDADE* Video

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O crime foi cometido em 24 de fevereiro de 1996 e dois dos três pistoleiros contratados pelo fazendeiro Antônio Carneiro de Rezende, mandante do crime já haviam sido condenados.
 
Cercado de muita expectativa e com um aparato policial jamais visto em Barra do Garças, o julgamento durou 13 horas e 30 minutos, quando o juiz presidente do Tribunal do Júri, Antônio Veloso Peleja Júnior, deu o veredicto final, anunciando uma condenação de 12 anos de reclusão a ser cumprido em regime fechado para o fazendeiro.
 
Carneiro deixou a Câmara Municipal às 23 horas algemado direto para a cadeia pública.
 
Durante a sessão, uma plateia de aproximadamente 50 pessoas assistiu, com atenção, aos embates travados pelo promotor público Arnaldo Justino da Silva e pelo advogado do réu, Daphinis de Oliveira.
 
Prevaleceram os argumentos da acusação, que conseguiu derrubar todas as teses apresentadas pela defesa para tentar livrar o réu da condenação.
 
Uma das teses, de legítima defesa permanente, foi derrubada por cinco votos a quatro.
 
A lei de Talião já foi revogada há anos. Portanto, o crime foi puramente de vingança. Ele não mandou espancar o Aparício Reis, mandou executá-lo.
Ele foi punido com a morte, disse o promotor, logo após o placar do corpo de jurados, que condenou Antônio Carneiro de Rezende por cinco votos a quatro.
 
TODOS NA CADEIA:  Com a condenação do fazendeiro, todos os envolvidos no assassinato do radialista Aparício Reis – exceção do motorista José Bonfim, absolvido pelo júri popular, foram para a cadeia.
 
Antes, já haviam sido condenados pela justiça Alrizon Ferreira da Costa, o vulgo, Mixaria, que covardemente levou Aparício para a Morte, 13 anos, e Juvenil Gonçalves, o Nil, a nove anos de prisão.
 
Os familiares do radialista, que assistiram à sessão do júri, comemoraram bastante a condenação do mandante do crime e assistiram, da entrada da Câmara Municipal, o fazendeiro ser levado para a cadeia.
 
Aparicio, criado pela Avò Dona Messias e pelo Avô, Seu Tufiqui, era um menino humilde, sonhador e que apesar das dificuldades, era muito feliz.
Cresceu no Bairro Campinas, Centro de Barra do Garças MT, tornou se um grande promoter de eventos na sociedade, um dos primeiros djs da cidade, na época conhecido ainda como disck jockey, foi radialista destaque e uma pessoa muito conhecida em Barra do Garças.
 
Ney Weliton, ex vice prefeito de Nova Xavantina MT, cresceu junto com Aparício no Bairro Campinas em Barra do Garças e lamenta muito pela perca tão precoce do amigo e de forma tão covarde. 
“Aparício, era um jovem, trabalhador, visionário e que enxergava a frente do tempo em que vivia, não merecia morrer da forma que morreu”. Disse, Ney, lembrando que se estivesse vivo, hoje, 06 de janeiro de 2022, seria o aniversário de 52 anos dele.
 
 
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