*QUEM É SONIA GUAJAJARA, A MINISTRA DOS POVOS INDIGINAS DO BRASIL*

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Sônia Bone de Sousa Silva Santos, conhecida como Sônia Guajajara (Terra Indígena Arariboia, Amarante do Maranhão, nascida em  6 de março de 1974), é uma líder indígena brasileira e política filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

 É formada em Letras e em Enfermagem, especialista em Educação especial pela Universidade Estadual do Maranhão.

 Recebeu em 2015 a Ordem do Mérito Cultural. Em 2022 foi considerada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time.

Em 2022, Sônia integrou a equipe de transição do terceiro governo Lula e foi anunciada como a primeira ministra dos Povos Índigenas.[11]

Sônia é do povo guajajara/teneteara, que habita nas matas da Terra Indígena Arariboia, no Maranhão.

Seus pais eram analfabetos, mas aos 10 anos, saiu da sua terra para estudar na cidade de Imperatriz  onde trabalhou em casas de família em troca de moradia.

Deixou Arariboia, aos quinze anos, contrariando a vontade dos pais, para estudar o ensino médio, em Minas Gerais, com o suporte da Funai.

Após se formar na escola, retornou ao Maranhão e estudou Letras e Enfermagem na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).

Além das duas graduações, Guajajara fez pós-graduação em Educação Especial.

Foi conquistando espaço com a militância e ganhou projeção em órgãos internacionais, como no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Sua militância em ocupações e protestos começou na coordenação das organizações e articulações dos povos indígenas no Maranhão (COAPIMA) e levou-a à coordenação executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). Antes disso, ainda passou pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB).

Em 2017, Alicia Keys, artista engajada com diversas causas sociais, cedeu seu espaço no palco principal do Rock in Rio para que a líder indígena Sônia Guajajara discursasse pela demarcação de terras na Amazônia, momento em que foi ovacionada pelo público ao som de “Fora Temer!”.

A fala aconteceu durante a execução da música “Kill Your Mama”, que aborda justamente a devastação do meio ambiente.

Em 31 de novembro de 2017, Sônia Guajajara foi apresentada pelo setorial ecossocialista do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) como pré-candidata à presidência da república.

 Através de um manifesto “Por uma candidatura indígena, anticapitalista e ecossocialista” no site 518anosdepois.com, que faz menção aos 518 anos da colonização europeia no Brasil.

No dia 3 de fevereiro de 2018, Sônia Guajajara foi lançada como pré-candidata a vice-presidente da república na chapa encabeçada por Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, tornando-se a primeira pré-candidata de origem indígena à presidência da república.

 A chapa Boulos/Sônia alcançou a 9.º colocação no primeiro turno da eleição presidencial, com 617.122 votos.

Sônia Guajajara tem voz no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas e já levou denúncias às Conferências Mundiais do Clima (COP) e ao Parlamento Europeu.

Em 22 de março de 2022, Sônia foi confirmada como pré-candidata ao cargo de deputada federal pelo estado de São Paulo nas eleições legislativas deste ano.

Em 03 de outubro do mesmo ano ela se torna a primeira indígena a ser eleita deputada federal pelo estado de São Paulo. Foi eleita com 156.966 votos.[24]

Ministra dos Povos Indígenas

Assinando o termo de posse no cargo de Ministra de Estado dos Povos Originários.

Em dezembro de 2022, Sonia foi anunciada como a primeira ministra dos Povos Índigenas.

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